Abrindo a Porta
Estar comigo mesmo,
desnudar-me de preceitos e preconceitos, sentir a mais pura emoção da arte e do
sentido real que a vida transfere ao íntimo quase ébrio do artista que em tudo
vê arte.
Fácil não é, captar a
essência e a sutileza da energia de uma flor que está ali só para servir de
exemplo e inspiração para que o mais duro dos corações consiga quebrar a
barreira e possa desenvolver o seu tato e aprenda a sentir vida em um simples
toque na minúscula erva que brota entre as frondosas árvores.
Como é possível descrever o
sorriso, os olhares intensos e vibrantes de uma criança, que tudo quer ver e
sentir e a cada movimento a cada gesto demonstra a nós seres crescidos – mesmo
com todas nossas capacidades e conquistas – que estamos presos a uma alegria
comercial que nos é imposta por nós mesmos e a qual seguimos como cordeirinhos
bonitinhos e ingênuos rumo ao matadouro.
Como aprender a perdoar e
valorizar palavras que partem de corações abatidos e cansados por não
compreenderem as nossas próprias limitações.
Como aprender a sonhar e a
viver simplesmente, se tudo é lançado para o grande, e este não entende o
simples, não respeita e não aceita sonhos pequenos.
Como é sentir a vida, se não
soubermos a diferença entre viver ou apenas permanecer vivo.
Não basta apenas compreender,
é preciso ter a consciência de que tudo somos e tudo dependemos e que não
haverá caminho se não trilharmos a nossa própria estrada através de nossa
ingênua ignorância.
Poesia do livro
"PÉS NUS"
Alencar Carvalho
Parabéns amigo teu blog esta lindo
ResponderExcluirum abraço
Muito Obrigado
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